Redação CORREIO
A festa de passagem de ano da Prainha do Lago Paranoá, em Brasília, ficou sem as estátuas de Orixás que caracaterizaram o local. As 16 estátuas que existiam no local representando divindades afro-brasilieras precisaram ser restauradas após uma série de incidentes ocorridos entre 2005 e 2006.
O artista plástico baiano, Tatti Moreno, foi contratado para realizar o trabalho de restauração que já está pronto, mas não foi entregue por falta de pagamento. O pagamento seria feito inicialmente pela Fundação Palmares, e depois pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ambos vinculados ao Ministério da Cultura.
Os atos de vandalismo que destruíram as estátuas foram considerados fruto de preconceito e intolerância religiosa. Em julho de 2008 o Governo do Distrito Federal, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República , o Ministério da Cultura e a Febuc anunciaram uma parceria para recuperar as esculturas.
“ É uma sensação de vazio. Em dezesseis anos é a primeira vez que ficamos sem nenhum monumento. Antes mesmo com algumas estátuas estando quebradas ou mal conservadas, estavam nos pedestais. Agora só este imenso vazio, mas é lei e nós temos que acatar. Resta o consolo de que as restaurações já estão prontas” lamentou Pai Ribam, babalorixá e diretor de projetos da Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé (Febuc).
'O empecilho é jurídico. O pagamento estava em análise pela Fundação Palmares, mas o departamento jurídico analisou e disse que a Fundação não tinha condições de efetuar o pagamento, mandaram então para o Iphan. A verba já está disponível, como disse é só uma quetão burocrática, estamos aguardando que o GDF entre em contato com o Ministério da Cultura para que o GDF possa efetuar o pagamento', argumentou Pai Ribamar.
(com informações da Agência Brasil)
Fonte: http://correio24horas.globo.com