Completar 40 anos de dedicação ao candomblé é uma data especial. Completar 40 anos de candomblé associados à divulgação da cultura popular, militância no movimento negro e liderança comunitária é uma data que será celebrada de maneira especial por Vilma Santos de Oliveira, a Yá Mukumby.
Ela estréia nesta sexta-feira (14), às 21 horas, na Vila Cultural Cemitério de Automóveis o show “Vilma de Todos os Santos”, que será reapresentado, no mesmo horário e local, no sábado (15). No repertório, samba autêntico. No cardápio, comida afro-brasileira preparada no capricho.
O show é um sonho antigo de Dona Vilma e de alguns músicos que agora se reúnem com a cantora pela primeira vez. Ela será acompanhada por Marco Scolari (acordeão e violão); Bernardo Pellegrini (violão); Ricardo Penha (baixo); Marcelo Siqueira, Vlad e Vítor Jubiabá dos Santos (percussão). O repertório traz sambas de grandes compositores como Pixinguinha, Dorival Caymmi, João Bosco, Aldir Blanc, João da Baiana, Ary Barroso e Noel Rosa, entre outros.
Vilma Santos, conhecida em Londrina também como divulgadora do samba de roda - que já mostrou em apresentações e oficinas - diz que é a primeira vez que faz um show profissional: ”É uma novidade “ - afirma e canta um trechinho da música “Yaô”, de Pixinguinha, que já traz no nome uma referência ao candomblé.
“Akicó no terreiro
Pelo adié
Faz inveja pra gente
que não tem mulher”
“Olha aí - ela diz - esta letra traz expressões do candomblé. Akicó é galo, adié é galinha, Pixinguinha brinca com a inveja dos homens que, ao contrário do galo no terreiro, não têm mulher. E yaô é um iniciado”
Didática e musical, a yalorixá explica que sempre fez a “ponte” entre o terreiro de candomblé e a comunidade em geral. Seus instrumentos? A música, a dança, os ritmos, características de uma religião que ela considera alegre. Por conta desta crença, incentivou em Londrina as manifestações da cultura popular, ajudou a dar identidade ao movimento negro, abriu um viés político e também colaborou para a implantação do sistema de cotas na Universidade Estadual de Londrina - UEL – para os afro-descendentes. Além disso, deu oficinas de culinária típica, de samba-de-roda, criou um afoxé que abriu, por alguns anos, os desfiles do Carnaval de rua, foi uma das criadoras e maiores incentivadoras da Quizomba, festa realizada na Usina Cultural e outros espaços públicos da cidade que chega a reunir um público de mais mil pessoas, aos domingos, em torno de um prazer comum: cantar e dançar samba.
Com esta trajetória, Vilma Santos é uma expressão que traz na voz a força da liderança e da alegria, dando também voz ao movimento negro na cidade há quatro décadas.
Celebrar 40 anos de sacerdócio e da divulgação da cultura afro-brasileira foi a grande motivação para fazer o show que, na sexta e no sábado, terá duas apresentações no Cemitério de Automóveis e depois segue, durante o mês, em outros locais: Concha Acústica (dia 21, às 18h30); Teatro Zaqueu de Melo (dia 23, às 21 horas); Calçadão (dia 29, às 10h30.) Em dezembro, o show será apresentado também numa festa de Quizomba, em local e horário a serem definidos.
Nesta sexta e sábado, os shows de estréia no Cemitério de Automóveis têm ingressos a R$ 20,00. Eles podem ser adquiridos antecipadamente na Loja Ciranda (Rua Jorge Velho, 295); Empadaria Nacional (Rua Euclides da Cunha, 42, próximo ao Mercadão do Shangrilá) e na Escola Municipal de Teatro(Rua Acre, 315). Também estarão à venda no local dos shows de estréia, nos dias de apresentações.
Cantando em português e nagô, Vilma Santos , aos 59 anos, acalenta outros sonhos. Entre eles, escrever um livro, para registrar os 40 anos de candomblé. “Seria um registro permanente, um documento da nossa luta e manifestações culturais e religiosas, que começam no terreiro e deixam sementes na cidade.”
Que os orixás contemplem mais este sonho.
Fonte: www.jornaluniaodosbairros.com.br
Ela estréia nesta sexta-feira (14), às 21 horas, na Vila Cultural Cemitério de Automóveis o show “Vilma de Todos os Santos”, que será reapresentado, no mesmo horário e local, no sábado (15). No repertório, samba autêntico. No cardápio, comida afro-brasileira preparada no capricho.
O show é um sonho antigo de Dona Vilma e de alguns músicos que agora se reúnem com a cantora pela primeira vez. Ela será acompanhada por Marco Scolari (acordeão e violão); Bernardo Pellegrini (violão); Ricardo Penha (baixo); Marcelo Siqueira, Vlad e Vítor Jubiabá dos Santos (percussão). O repertório traz sambas de grandes compositores como Pixinguinha, Dorival Caymmi, João Bosco, Aldir Blanc, João da Baiana, Ary Barroso e Noel Rosa, entre outros.
Vilma Santos, conhecida em Londrina também como divulgadora do samba de roda - que já mostrou em apresentações e oficinas - diz que é a primeira vez que faz um show profissional: ”É uma novidade “ - afirma e canta um trechinho da música “Yaô”, de Pixinguinha, que já traz no nome uma referência ao candomblé.
“Akicó no terreiro
Pelo adié
Faz inveja pra gente
que não tem mulher”
“Olha aí - ela diz - esta letra traz expressões do candomblé. Akicó é galo, adié é galinha, Pixinguinha brinca com a inveja dos homens que, ao contrário do galo no terreiro, não têm mulher. E yaô é um iniciado”
Didática e musical, a yalorixá explica que sempre fez a “ponte” entre o terreiro de candomblé e a comunidade em geral. Seus instrumentos? A música, a dança, os ritmos, características de uma religião que ela considera alegre. Por conta desta crença, incentivou em Londrina as manifestações da cultura popular, ajudou a dar identidade ao movimento negro, abriu um viés político e também colaborou para a implantação do sistema de cotas na Universidade Estadual de Londrina - UEL – para os afro-descendentes. Além disso, deu oficinas de culinária típica, de samba-de-roda, criou um afoxé que abriu, por alguns anos, os desfiles do Carnaval de rua, foi uma das criadoras e maiores incentivadoras da Quizomba, festa realizada na Usina Cultural e outros espaços públicos da cidade que chega a reunir um público de mais mil pessoas, aos domingos, em torno de um prazer comum: cantar e dançar samba.
Com esta trajetória, Vilma Santos é uma expressão que traz na voz a força da liderança e da alegria, dando também voz ao movimento negro na cidade há quatro décadas.
Celebrar 40 anos de sacerdócio e da divulgação da cultura afro-brasileira foi a grande motivação para fazer o show que, na sexta e no sábado, terá duas apresentações no Cemitério de Automóveis e depois segue, durante o mês, em outros locais: Concha Acústica (dia 21, às 18h30); Teatro Zaqueu de Melo (dia 23, às 21 horas); Calçadão (dia 29, às 10h30.) Em dezembro, o show será apresentado também numa festa de Quizomba, em local e horário a serem definidos.
Nesta sexta e sábado, os shows de estréia no Cemitério de Automóveis têm ingressos a R$ 20,00. Eles podem ser adquiridos antecipadamente na Loja Ciranda (Rua Jorge Velho, 295); Empadaria Nacional (Rua Euclides da Cunha, 42, próximo ao Mercadão do Shangrilá) e na Escola Municipal de Teatro(Rua Acre, 315). Também estarão à venda no local dos shows de estréia, nos dias de apresentações.
Cantando em português e nagô, Vilma Santos , aos 59 anos, acalenta outros sonhos. Entre eles, escrever um livro, para registrar os 40 anos de candomblé. “Seria um registro permanente, um documento da nossa luta e manifestações culturais e religiosas, que começam no terreiro e deixam sementes na cidade.”
Que os orixás contemplem mais este sonho.
Fonte: www.jornaluniaodosbairros.com.br
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