sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cia Baobá apresenta peça sobre cultura e heranças da África


Desdobramento de Quebrando o silêncio, montagem anterior da companhia, Ancestralidade: Herança do corpo, da Cia. Baobá de Arte Africana e Afro-brasileira, tem pré-estréia sábado e domingo, no Centro Cultural da UFMG e no foyer do Palácio das Artes, respectivamente, trazendo à cena manifestações culturais que são consideradas verdadeiros símbolos de resistência da comunidade afro-brasileira. Concebido pela bailarina, coreógrafa e antropóloga Júnia Bertolino, o espetáculo reúne 14 bailarinas e seis percussionistas, entre os quais o senegalês Mamour Ba e seu filho Cheikh Ba, o primeiro também responsável pela trilha e direção musical.
Produto de uma série de oficinas que a Baobá vem realizando desde agosto, Ancestralidade: Herança do corpo ressalta valores da cultura africana e suas respectivas heranças no Brasil. Oralidade, ancestralidade e identidade estão representados na montagem por meio de esquetes como Ritual da graça, o abre-caminho da montagem em que as mulheres dançam com asas de borboleta em reverência ao matriarcado africano. Em Universo feminino o que está em destaque é o papel da própria mulher na comunidade, enquanto em Djembola as mesmas dançam para pedir chuva e a conseqüente fartura da colheita. Ginga do corpo presta homenagem ao mestre Pastinha e à capoeira angola. Já Dança ancestral é um momento de reverência e louvação aos orixás, enquanto Africana pretende provocar reflexões sobre a dança afro na cena contemporânea.Além de Júnia Bertolino, estão no elenco da nova montagem da Baobá William Silva, Fred Santos, Alex Diego Tamborilar, Eric Delo, Jander Ribeiro, Evandro Nunes, Lu Santana, Lu Silva, Andréia Pereira, Gaya Dandara Campos, Gabriela Rosário, Marisa Veloso e Simone Meireles. O elenco convidado é formado por Mestre João Bosco, Ludmila Benquerer, Luciana dos Santos, Camila Rievers, Andréia Luar, Gilmara Guimarães, Núria Bispo, Daniela Vieria e Paulo PG, além dos músicos Mamour Ba e Cheikh Ba. Preparando-se para comemorar uma década de atividades, graças à aprovação do projeto na Lei Rouanet, a Cia. Baobá conseguiu trocar os ensaios semanais, aos sábados, no coreto do Parque Municipal, pela sede de um sindicato no Bairro Floresta. Um dos maiores problemas enfrentados pela companhia é o preconceito, que impede a entrada de bailarinos no elenco. “Se para tocar já é difícil encontrar, imagina para dançar”, conta Júnia Bertolino que, por isso mesmo, acabou privilegiando a temática feminina em suas montagens. Rui Moreira, Carlinhos de Oxossi, Evandro Nunes, Mamour Ba, Mestre João Bosco e Grupo Encaixa Couro foram alguns dos convidados para ministrar as oficinas que resultaram no novo espetáculo da companhia.Com estréia oficial agendada para 16 de dezembro, no Teatro Francisco Nunes, na pré-estréia do Centro Cultural da UFMG, Ancestralidade: Herança do corpo terá abertura feita pelo projeto Kizomba, do Terreiro Manzo Ngunzu Kaiango. Logo depois, será realizada mesa-redonda para discutir a valorização da dança afro em Belo Horizonte e o processo criativo da Cia. Baobá. Além de Júnia Bertolino estarão presentes Marlene Silva, Marcio Alexandre (Quilombo das Gerais), Rô Fatawa (Aruê das Gerais), Mameto de Inkisse Muiendê (Mãe Efigênia/Manzo Ngunzu Kaiango) Evandro Passos (Cia Bataka), Mamour Ba, João Bosco (Cia. Primitiva), Carlos Afro (Cia. Carlos Afro), Adelson Vieira Sabará (Odum Orixás), agentes e autoridades da cultura e educação.
ANCESTRALIDADE: HERANÇA DO CORPO
Apresentação do espetáculo da Cia Baobá de Arte Africana e Afro-brasileira.
Sábado (29/11), às 19h30, no Centro Cultural da UFMG, Av. Santos Dumont, 174, Centro. Domingo, às 11h, no foyer do Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1.537, Centro.
Fonte: http://www.new.divirta-se.uai.com.br/

Postado por Administrador às 11/28/2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Categorias

  • Videos

ARQUIVO

  • ►  2011 (1)
    • ►  abril (1)
  • ►  2010 (2)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
  • ►  2009 (62)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (12)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (5)
    • ►  maio (3)
    • ►  abril (6)
    • ►  março (2)
    • ►  fevereiro (11)
    • ►  janeiro (18)
  • ▼  2008 (121)
    • ►  dezembro (55)
    • ▼  novembro (24)
      • O candomblé não vai reagir?
      • Cia Baobá apresenta peça sobre cultura e heranças ...
      • Primeiro Terreiro de Candomblé
      • Londrina: A voz de todos os santos
      • Templos no espaço urbano
      • Mestres da memória
      • Aperipê TV celebra cultura negra com Especial Orixás
      • Para líder religiosa, estudo pode ajudar a preserv...
      • Estudo vai mapear comunidades de religiões africanas
      • Religiões afro-brasileiras unidas no combate à Aids
      • Justiça baiana manda recolher livro de padre
      • Caminhada pela paz no Engenho Velho da Federação
      • Deputado quer fim da intolerância religiosa
      • Um sacerdote africano do século 19
      • Stéfano de Oxumaré morre de AVC
      • Mãe Nitinha, vida nas rodas de Oxum
      • Mãe de santo relata crime de intolerância religios...
      • BA: Prefeitura admite isenção fiscal de terreiro
      • Série de TV 'Ó Paí, Ó' causa revolta em evangélicos
      • Chamar vizinho de macumbeiro dá condenação por int...
      • Prefeito: Salvador respeita terreiros de Candomblé
      • Terreiros se mobilizam contra prefeito de Salvador
      • Ato público quer o fim da intolerância religiosa
      • Lula receberá programa contra intolerância religiosa
    • ►  outubro (5)
    • ►  setembro (15)
    • ►  agosto (8)
    • ►  julho (3)
    • ►  junho (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (3)
    • ►  fevereiro (3)
    • ►  janeiro (3)