Assim como em todo o Brasil na cidade de Corumbá acontece hoje a tradicional Louvação à Iemanjá. Os representantes das tendas de Unbanda e do Candoblé lavam a Escadaria da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária.
Logo após a lavagem os fiéis seguem em cortejo pelas ruas da cidade até chegaram a prainha no Porto Geral onde acontece a Louvação a Iemanjá. Depois às 19h30 acontece uma missa solene que conta com a participação dos integrantes das outras religiões.
Essa tradição de lavagem das escadarias acontece desde 1754 em Salvador na Bahia a Lavagem do Bonfim, considerada uma das maiores manifestações populares do país. Tudo começou quando uma imagem do Senhor Crucificado que ficava na Igreja da Penha em Itapagipe foi transferida para a Igreja da Colina Sagrada.
As escravas queiram assistir a missa lavaram a igreja com ervas de cheiro. Mas antes um Oirxa de Pai de Santo desceu na porta da igreja e derrubou a água de cheiro na escadeira.
No entanto, as portas da igreja foram fechadas e elas não puderam entrar, então elas começaram a limpar as escadarias da igreja com a água. A partir de então começou o ritual que foi incorporado em Corumbá.
Iemanjá
Iemanjá era uma mulher muito bonita. Segundo a sua historia Orungã, o Édipo africano, apaixona-se por sua mãe, que foge dos seus arrebatados. Um dia sem a ausência da mãe, Orungã tenta violentar Iemanjá que foge. Durante a fuga, ela cai e morre, na mesma hora sai dos seios duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago.
E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.
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