quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Festa de candomblé na Bahia é exposta em fotos em Angola e na França

A festa Bembé do Mercado, que celebra anualmente, em Santo Amaro (BA), a abolição da escravatura no Brasil, é tema de uma exposição fotográfica na galeria JM arts, em Paris, a partir desta quinta-feira (24). O trabalho, de autoria do fotógrafo Edgar de Souza, também será levado para Angola, em novembro deste ano. Essa é uma festa tradicional do candomblé, que surgiu em 1889.
Segundo Souza, a mostra de imagens tem o objetivo de mostrar a integração de povos no Brasil, principalmente na Bahia. "A diversidade cultural do africano e também dos portugueses se faz mais aparente em terras baianas. O meu trabalho retrata os negros da Bahia batendo o candomblé e agradecendo a seus orixás."
A exposição conta com o apoio do Ministério da Cultura do Brasil, da Fundação Palmares, da L'Association Viva Madeleine, e de Valérie Anne Giscard d'Istaing, diretora do Photo 12.



Em 2009, o Bembé do Mercado celebrou os 121 anos da abolição da escravatura no Brasil. O evento sempre acontece em meio a atividades culturais, principalmente por ritos religiosos como o candomblé e apresentações musicais.
Segundo Rodrigo Veloso, secretário de cultura de Santo Amaro, a mãe dele, Dona Claudionor Veloso, conhecida como Dona Canô, 102 anos, foi uma das homenageadas na festa do Bembé do Mercado de 2009. Ela é uma das moradoras mais antigas da cidade.
A festa de Bembé (candomblé) completou em maio 120 anos e reuniu cerca de 30 terreiros com várias manifestações tradicionais, como o maculelê, capoeira e samba de roda.



Tradição

Segundo a historiadora e folclorista Zilda Paim, de 90 anos, Bembé é uma corruptela da palavra candomblé e que pela primeira vez se apresentou fora do terreiro, lugar sagrado para se fazer o ritual da seita.
Zilda disse que em todo o dia 13 de maio, logo ao amanhecer, os atabaques são batidos e os balaios era colocados como presente para Iemanjá.
Há uma lenda criada durante a primeira celebração do Bembé, em 1909. Uma praga teria sido lançada sobre a cidade de Santo Amaro. Quem impedisse a realização da festa, que passou a ser anual, sofreria um castigo exemplar dos deuses. Durante 120 anos, em apenas duas vezes a festa não foi celebrada.



Fonte: www.globo.com

Postado por Administrador às 9/24/2009

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