segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Distribuição ilegal de revista provoca guerra religiosa em Macaé

A Polícia Federal recolheu cópias de um artigo da revista "Somos Assim", no qual o prefeito candidato à reeleição em Macaé, Riverton Mussi (PMDB), promete fazer da cidade a "capital do petróleo e do candomblé". A apreensão foi feita na sexta-feira (26), em Cabo Frio e em Campos a pedido da juíza Clarice de Mota e Fontes, da 254ª Zona Eleitoral.
"Lamento que meus adversários se utilizem de agressões e mentiras. Sempre procurei governar para todos, respeito todas as religiões. Porém defendo o princípio constitucional do Estado Laico", alegou Riverton, por meio de nota.
De acordo com a assessoria do prefeito, o material teria sido apreendido em frente à casa de um dos coordenadores da campanha de Silvio Lopes (PSDB), que disputa com o peemedebista a vaga no executivo macaense. Cabos eleitorais de Lopes estariam, ainda, distribuindo cópias da matéria na porta de igrejas evangélicas.
"Não temos distribuição em Macaé. Alguém comprou em Campos e distribuiu lá", ressaltou o editor responsável pela "Somos Nós", que é publicada em Campos dos Goytacazes.
Sob o título "Macaé poderá ser a capital do candomblé", o texto divulgava um suposto investimento de R$ 250 milhões da prefeitura para a construção de um terreiro de candomblé inspirado no terreiro de Mãe Menininha do Gantois, em Salvador (BA). O objetivo da distribuição da revista em Macaé seria incitar um conflito religioso que prejudicasse a candidatura de Riverton. O prefeito, efetivamente, visitou terreiros de religiões afro-descendentes durante a campanha.
A ordem de busca e apreensão foi fundamentada nos artigos 242, 325 e 326 do Código Eleitoral, que proíbem a utilização de material de campanha que incite ao preconceito religioso e induzam a opinião pública a estados mentais artificiais.
Silvio Lopes negou o envolvimento de correligionários seus na ação e alegou que as "revistas estavam sendo distribuídas pelos próprios fiéis das igrejas".
A cidade do norte fluminense, que abriga a base de operações da Petrobras na região, recebeu R$ 301,3 milhões a título de royalties e compensações em 2007, segundo a Agência Nacional do Petróleo.

Fonte: http://eleicoes.uol.com.br

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Teresina tem 200 terreiros de umbanda e candomblé

Teresina tem 200 terreiros de umbanda e candomblé. Foi o que informou nesta quarta-feira (24), a coordenadora da Diversidade Cultural e Religiosa, Antônia Aguiar, baseada no Projeto de Mapeamento das Comunidades e Terreiros de Umbanda e Candomblé, que é realizado em Teresina. A publicação do resultado desse trabalho acontecerá dia 15 de novembro, quando serão comemorados os 100 anos de umbanda no Brasil.
Ela destacou que o resultado desse mapeamento será entregue ao governador Wellington Dias e ao prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, para que políticas públicas sejam elaboradas e implementadas para o atendimento das comunidades e terreiros de umbanda e candomblé. Ela destacou que essas ações serão, principalmente, nas áreas de habitação, saúde e segurança.
Segundo Antônia Aguiar, muitas casas de candomblé e umbanda estão em situação precária. A falta de segurança nesses locais também é marcante, considerando que são discriminados até mesmo pelos vizinhos. É comum os pais e mães de santo não terem dinheiro para pagar advogado quando, por determinado motivo, comparecem a alguma delegacia.
Além de denunciarem a discriminação e a falta de segurança e de transporte, muitos pais e mães de santo precisam de assistência médica, mas não dispõem de recursos para pagar pelos serviços de saúde. A questão da alimentação também precisa ser melhorada para essas comunidades.
“O mapeamento vai contribuir para que políticas públicas sejam implementadas em benefício das comunidades e terreiros de umbanda e candomblé”, enfatiza a coordenadora Antônia Aguiar. Ela destacou que num período de dois meses, pais e filhos de santo responderam ao questionário da Coordenadoria da Diversidade Cultural e Religiosa .

Fonte: http://www.tvcanal13.com.br

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Decisão do STJ obriga Igreja Universar a pagar indenização à família de ialorixá

Por decisão unânime da Quarta Turma do Supremo Tribunal de Justiça, a Igreja Universal terá de indenizar em R$ 145 mil a família da mãe-de-santo baiana Gildásia dos Santos e Santos. Em 1999, a Igreja Universal publicou uma reportagem na "Folha Universal" com a foto de Gildásia para ilustrar a matéria "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes". O STJ considerou o inciso X do artigo 5° da Constituição - que garante proteção à vida privada, à imagem e honra das pessoas - para condenar a Igreja Universal.A Igreja entrou com recurso para anular a condenação alegando que os herdeiros não tinham legitimidade para pedir reparação. O Tribunal rejeitou o recurso, mas reduziu o valor da indenização de R$ 1,4 milhão fixada pela 17ª Vara Cível da Bahia. A ialorixá morreu em 2000 e o juiz Carlos Fernando Mathias entendeu que a matéria publicada foi significativamente ofensiva, causando dor e embaraço aos herdeiros sendo direito pessoal de cada um reivindicar reparação. Cada um receberá R$ 2.750.
Fonte: http://www.sidneyrezende.com/

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Alvorada dos ojás

No ano passado, nas comemorações do mês da Consciência Negra, surgiu a idéia de no dia do ato da 3ª Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa, organizada pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN), fossem amarrados panos brancos (ojás) nas árvores do Dique dos Orixás, como o prefere chamar o povo de candomblé desta cidade. Sem as condições devidas naquele momento, protelamos o ato, mas não o esquecemos.
Montamos uma comissão que, percebendo os avanços da intolerância religiosa no País, resolveu fazer o ato neste 19 de setembro, dia do lançamento da 4ª Caminhada, e com uma tarefa ainda maior: colocar ojás em 21 bairros de Salvador. Daí foi uma batalha para conseguir três mil metros de tecido, montar as equipes com mais de 40 carros e 200 pessoas e varar a madrugada de quinta-feira com este fim.
Babá Pecê, Makota Valdina, Tata Hemetério, Ebomy Nice, Equede Lindinalva de Paula, Maria Leda e sua equipe das baianas, Tata Eurico, Marlene de Exu, Hamilton Ribeiro, mãe Jaciara, Dois Mundos, Iale, Bigode, Hamilton Borges e candidatos a vereador que são do candomblé, como Tâmara Azevedo, Raimundinho Kewanze, Vera Fonseca, Torres e Euclides, destacaram-se no apoio ao ato. O prefeiturável Hilton Coelho também.
A ação política tem fim específico, que é combater a intolerância religiosa e mostrar que amamos tanto as árvores que carregam as energias sagradas, as energias dos nossos ancestrais e as nossas forças, assim como o vento, a água, o fogo e tudo o que tem de sagrado e denominamos meio ambiente, pois somos de uma religião que tem fundamento na natureza.
A cidade amanheceu mais bonita e com um ar de curiosidade. No Abaeté, na orla, Dique, Garibaldi, Bonfim, Paralela, Centro, Vitória, Suburbana e outros locais. Muitos desejaram saber o significado das árvores amarradas com os ojás. Uns afirmaram que era um ato pela paz, e foi. Outros, contra o extermínio de jovens negros e o assassinato de policiais, e foi. Outros para abrir a mente dos políticos com relação a ações sérias para o povo de candomblé. Foi também.
Propomos ao Estado compreender a nossa história e as nossas raízes. É inaceitável demolir terreiros em Salvador, lacrar terreiros em São Paulo, fazer leis que impedem a nossa liberdade de culto no Rio Grande do Sul e tirar a guarda da criança a fim de evitar transtornos psíquicos, como aconteceu no Rio de Janeiro. Sabemos que a liberdade de crença é um direito constitucional.
O que fizemos foi mais um ato de amor do povo de candomblé ao povo de Salvador, da Bahia e do Brasil. Agora fica a questão: que tal nos amar também? Não custa nada e é bom para todo mundo. O amor é uma das melhores ações para melhorar o mundo. Que os orixás, inquices, voduns e encantados para sempre sejam louvados, e que Jeová, Jesus, Alá, Tupã, Buda, os irmãos de luz, também e para todo o sempre.

Fonte: A Tarde On Line

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ministro quer Lei mais Eficaz contra Intolerância Religiosa

O ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, sugeriu, neste domingo (21), que um "dispositivo" mais rigoroso fosse criado para coagir a intolerância religiosa.
Segundo o ministro, "as religiões de matriz africana são as mais vulneráveis ao preconceito, principalmente por parte de outras religiões". Santos pontuou ainda que muitas vezes a intolerância gera violência, e é necessário que se criminalize o preconceito religioso.
Apesar de ter afirmado que apenas uma pequena parcela da sociedade desrespeita as outras religiões, o ministro reclamou da atuação da lei na vida prática. Para ele, não há qualquer rigor na aplicação do Artigo 208 do Código Penal, que estabelece prisão de um mês a um ano ou multa para a intolerância religiosa.

Fonte: Agência Brasil

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Mais de 10 mil pedem fim da intolerância religiosa no Rio

Cerca de 10 mil pessoas participaram neste domingo de uma caminhada na praia de Copacabana, zona sul do Rio, para pedir o fim da discriminação religiosa. Sob chuva, a manifestação reuniu artistas, intelectuais e representantes de várias crenças, com predomínio das religiões afro-brasileiras, que denunciaram o preconceito e a perseguição por parte de outros grupos.
De acordo com um dos organizadores da manifestação, o babalorixá Ivanir dos Santos, são inúmeros os casos de preconceito no Rio, principalmente, contra as religiões de matriz africana como umbanda e candomblé. Segundo ele, os ataques são "sistemáticos", inclusive pelos veículos de comunicação.
"Há 20 anos sabemos de casos de invasão a casas, ofensas, violência. Algumas pessoas põem a Bíblia na nossa cabeça. Na escola, as crianças são chamadas de macumbeiras, dizem que seguem o diabo. São várias coisas", disse.
A mãe-de-santo do candomblé Conceição D'Olissá, coordenadora de um terreiro em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, também denunciou a discriminação. Ela disse que é ofendida toda vez que está trajada de branco, conforme sua religião. "Tem sempre alguém para dizer que não somos filhos de Deus".
Um dos principais líderes do movimento negro no país, Abdias do Nascimento, aos 94 anos também participou da manifestação. Ele disse que a idéia da caminhada, além de defender a liberdade de culto no país tinha objetivo de pôr em discussão a superação do racismo.
Segundo ele, essas pessoas querem manter o status do negro na sociedade. "Um status de inferioridade e até uma espécie de escravidão. Uma escravidão moral, de espírito e, por isso, procuram amordaçar a comunidade negra para que ela não se manifeste em sua magnitude", disse Nascimento, que foi o primeiro senador negro do país. "É preciso mudar essa mentalidade".
Fonte: Folha Online

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Mais de 10 mil pedem fim da intolerância religiosa no Rio

Cerca de 10 mil pessoas participaram neste domingo de uma caminhada na praia de Copacabana, zona sul do Rio, para pedir o fim da discriminação religiosa. Sob chuva, a manifestação reuniu artistas, intelectuais e representantes de várias crenças, com predomínio das religiões afro-brasileiras, que denunciaram o preconceito e a perseguição por parte de outros grupos.
De acordo com um dos organizadores da manifestação, o babalorixá Ivanir dos Santos, são inúmeros os casos de preconceito no Rio, principalmente, contra as religiões de matriz africana como umbanda e candomblé. Segundo ele, os ataques são "sistemáticos", inclusive pelos veículos de comunicação.
"Há 20 anos sabemos de casos de invasão a casas, ofensas, violência. Algumas pessoas põem a Bíblia na nossa cabeça. Na escola, as crianças são chamadas de macumbeiras, dizem que seguem o diabo. São várias coisas", disse.
A mãe-de-santo do candomblé Conceição D'Olissá, coordenadora de um terreiro em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, também denunciou a discriminação. Ela disse que é ofendida toda vez que está trajada de branco, conforme sua religião. "Tem sempre alguém para dizer que não somos filhos de Deus".
Um dos principais líderes do movimento negro no país, Abdias do Nascimento, aos 94 anos também participou da manifestação. Ele disse que a idéia da caminhada, além de defender a liberdade de culto no país tinha objetivo de pôr em discussão a superação do racismo.
Segundo ele, essas pessoas querem manter o status do negro na sociedade. "Um status de inferioridade e até uma espécie de escravidão. Uma escravidão moral, de espírito e, por isso, procuram amordaçar a comunidade negra para que ela não se manifeste em sua magnitude", disse Nascimento, que foi o primeiro senador negro do país. "É preciso mudar essa mentalidade".

Fonte: Folha Online

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domingo, 21 de setembro de 2008

Iurd recebe condenação inédita por intolerância religiosa


Os herdeiros da ialorixá baiana Gildásia dos Santos e Santos, a mãe Gilda, ganharam mais um round da luta travada com a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou a igreja a indenizar os filhos e o marido da sacerdotisa do candomblé por danos morais.
Segundo profissionais da área de direito, é a primeira vez que o STJ decide sobre uma ação que envolve intolerância religiosa cometida por uma instituição. “O que temos ainda em andamento são processos em que indivíduos isolados cometem o crime. Mas, neste caso, a ação partiu de forma institucionalizada, ou seja, por um órgão pertencente à Iurd, no caso, a Folha Universal”, explica o promotor de justiça Almiro Sena. Ele é o titular da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, criada há 11 anos e de forma pioneira pelo Ministério Público da Bahia.
Pela decisão do STJ, os herdeiros, em conjunto, vão receber pouco mais de R$ 145 mil, cabendo R$ 20.750 para cada um. Segundo um dos advogados dos herdeiros, Maurício Araújo, o valor será corrigido, tendo como parâmetro o ano de 1999, quando aconteceu a ofensa. Desta forma, a indenização ficará em cerca de R$ 400 mil. Ainda cabe recurso de ambas as partes. Neste caso, o julgamento será feito pelo chamado “pleno” do tribunal. A atual sentença foi dada pela Quarta Turma.
O total fixado pelo STJ ficou abaixo da indenização de R$ 1,3 milhão estabelecida na sentença do juiz Clésio Rômulo, da 17ª Vara Cível da Bahia, em 2004. Um ano depois, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) fixou um novo valor: R$ 960 mil.
“O valor dado pelo STJ está bem abaixo do que pretendíamos, mas comemoramos a condenação histórica. O STJ reconheceu a intolerância religiosa praticada pela Iurd”, explica Araújo. Segundo o advogado, os herdeiros apresentarão recurso para contestar o valor. “Vamos aguardar a publicação da sentença, que deve ocorrer a partir da próxima terça”, comenta.
Na avaliação de Maurício Araújo, o STJ seguiu uma padronização de valores que costuma adotar. “A meu ver, a indenização poderia ser mais alta por conta da peculiaridade do dano”, avalia Araújo. Em casos de danos morais, a legislação estabelece pisos específicos para evitar situações, como por exemplo, enriquecimento a partir da ação.
A TARDE entrou em contato com a assessoria de comunicação da Iurd, que fica em São Paulo. Foram obedecidas todas as exigências feitas pela assessoria para a obtenção de resposta da igreja – envio de e-mail formal, com detalhamento do assunto. Ao final do prazo, a assessoria informou que a direção da Iurd não deu nenhum tipo de resposta sobre o pedido da reportagem.
LUTA – A origem da ação judicial contra a Iurd foi a publicação, em 1999, de uma foto da mais alta sacerdotisa do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado em Itapuã, numa reportagem da Folha Universal intitulada "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes".
Mãe Gilda morreu de infarto em 21 de janeiro de 2000, um dia após assinar a procuração para a abertura do processo. “Minha mãe tinha a saúde fragilizada e piorou depois do choque de ver sua foto na reportagem”, conta a ialorixá Jaciara Santos, filha biológica e sucessora de mãe Gilda no comando do terreiro. Embora considere baixo o valor da indenização concedida pelo STJ, ela afirma que a decisão tem um forte simbolismo.
“Foram nove anos de luta, mas estou feliz por ver a Iurd condenada”, diz a ialorixá, que neste sábado, 20, participa de uma marcha contra a intolerância religiosa no Rio de Janeiro. Ela também participou de uma ação contra a intolerância religiosa realizada nesta sexta-feira, 19, em Salvador.
JURISPRUDÊNCIA – Para a coordenadora local da Koinonia, Jussara Rêgo, a decisão do STJ abre jurisprudência. “Embora a indenização tenha sido baixa, abriu-se a possibilidade de punição para casos semelhantes”, diz. A Koinonia é uma ONG que assessora comunidades como as dos terreiros.
O advogado Samuel Vida, professor da Ufba e da Ucsal, também elogia a decisão. “O reparo que faço é em relação ao valor da indenização. A política de fixação de valores irrisórios pelos tribunais reduz o efeito pedagógico da punição”, diz Samuel Vida, que é coordenador do Afro-Gabinete de Articulação Institucional e Jurídica (Aganju).
A batalha dos herdeiros de mãe Gilda tornou-se um símbolo da luta pela liberdade de culto em todo o Brasil. O dia da sua morte é a data nacional de combate à intolerância religiosa por meio de um projeto do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), que foi sancionado pelo presidente Lula no ano passado. A ação foi inspirada numa lei vigente em Salvador e que partiu da iniciativa da vereadora Olívia Santana (PCdoB).
Fonte: A Tarde Online

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Igreja Universal terá que indenizar família de mãe-de-santo

O Superior Tribunal de Justiça condenou a Igreja Universal a indenizar em R$ 145 mil o viúvo e os seis filhos da mãe-de-santo baiana Gildásia dos Santos e Santos. O tribunal entendeu que ela foi ofendida ao ter uma foto sua publicada na "Folha Universal", jornal impresso pela igreja e distribuído gratuitamente aos fiéis na porta de templos. Em 1999, o veículo usou a imagem da ialorixá para ilustrar reportagem com o título "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes".
A decisão foi tomada por unanimidade pela Quarta Turma do STJ. Foi rejeitado recurso da igreja para anular a condenação, mas reduzido o valor da pena fixada pela 17ª Vara Cível da Bahia, de R$ 1,4 milhão. Com o novo valor decidido pelo STJ, cada herdeiro de Gildásia, morta em 2000, receberá R$ 20.750 de indenização. A "Folha Universal" terá ainda que publicar texto de retratação. A decisão foi baseada no inciso X do artigo 5º da Constituição, que garante a proteção à honra, à vida privada e à imagem das pessoas.
A Universal alegou que os herdeiros, autores da ação, não tinham legitimidade para pedir a reparação. O juiz Carlos Fernando Mathias considerou que a ofensa foi clara causa de dor e embaraço aos herdeiros e que a indenização era direito pessoal de cada um.

Da Agência O Globo
Fonte: www.pernambuco.com

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sábado, 20 de setembro de 2008

STJ condena Universal a indenizar mãe-de-santo

Pela primeira vez na história, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece que houve dano moral numa ação motivada por intolerância religiosa e condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a indenizar os herdeiros da ialorixá Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda, em R 145 mil, que deverão ser corrigidos. Ainda cabe um recurso. Em 1999, foto de Mãe Gilda foi publicada no jornal Folha Universal, com um título ofensivo. Adeptos do candomblé protestaram ontem contra a intolerância, em Salvador.

Fonte: A Tarde On Line

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Adeptos do candomblé vão às ruas pedir liberdade de culto

Branco para protestar. Na manhã de ontem, militantes em favor da liberdade religiosa e adeptos dos cultos de matriz africana usaram a cor de Oxalá não apenas nos trajes. Vestiram uma parte da cidade, da Praça da Sé à Lagoa do Abaeté, com os tecidos brancos utilizados nos rituais de candomblé, os ojás (colocados em locais sagrados). O objetivo foi exigir respeito e combater a intolerância religiosa, não apenas na cidade, mas em todo o Brasil. Por volta das 9h, o Coletivo de Entidades Negras (Cenbrasil) começou a Alvorada dos Ojás na Praça Municipal, junto à cajazeira centenária que fica ao lado do Memorial das Baianas e ao monumento da Cruz Caída, de Mário Cravo Júnior.
O grupo realizou um ato litúrgico no local. Baianas dançaram e músicos tocaram instrumentos usados nos rituais. "Viemos fazer um pedido aos nossos ancestrais, de força para resistir e lutar pela liberdade de religião", explicou Marcos Rezende, coordenador do Cenbrasil, conselheiro da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e ogã do Terreiro Ilê Axé Oxumaré.
Também foi lido manifesto contra a intolerância e pela liberdade de culto, assinado por representantes de mais de mil terreiros de Salvador e outros 40 municípios baianos. O documento relembra o caso de Mãe Gilda. A demolição do Terreiro Oyá Unipó Neto, no bairro do Imbuí, em fevereiro, foi outro caso de agressão ao povo-de-santo citado pelo manifesto.
Marcos Rezende, que fez greve de fome em protesto quando o terreiro foi demolido, disse que este tipo de ataque precisa ser combatido não apenas na época de eleição: "Agora todo mundo fala em respeitar as diferenças entre as religiões, mas, quando a disputa por votos acaba, esquecem das promessas. O mapeamento dos terreiros de candomblé, por exemplo, deveria ser acompanhado da regularização fundiária dos locais, prometida pela prefeitura em regime de urgência. Até hoje o projeto está parado na Câmara de Vereadores", comentou.
O manifesto trata também de assuntos de outros estados. No Rio Grande do Sul, há a discussão de uma lei em defesa dos animais que, segundo o coletivo, inviabilizaria a liturgia dos cultos afro-brasileiros. Em São Paulo, um terreiro com mais de 25 anos foi lacrado pela prefeitura sob a alegação de mudança de zoneamento urbano e de que o barulho dos atabaques incomoda a vizinhança. No Rio de Janeiro, uma mulher adepta de cultos africanos chegou a perder a guarda do filho, porque a presença de imagens religiosas afetaria o desenvolvimento da criança.
A Alvorada dos Ajós também marcou o lançamento da quarta Caminhada Pela Vida e Liberdade Religiosa, que será realizada em 23 de novembro, saindo do Engenho Velho da Federação e indo até o Dique do Tororó.

Fonte: A Tarde On Line

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Devotos protestam contra intolerância religiosa na Bahia




Praticantes do candomblé fizeram uma manifestação em Salvador e pediram mais respeito à religião e aos seus seguidores.

Devotos do candomblé fizeram uma manifestação contra a intolerância religiosa em Salvador.
Eles puseram laços brancos nas árvores, monumentos e esculturas. No centro histórico, rituais sagrados aos pés de uma cajazeira. Os representantes do candomblé pediram mais respeito à religião e aos seus seguidores.
No Centro Histórico, rituais sagrados foram realizados. Os representantes do candomblé pediram mais respeito à religião e aos seus seguidores.

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sábado, 13 de setembro de 2008

PCdoC, o partido do candomblé

Inicialmente, cabe um honesto alerta aos eventuais leitores destas linhas: o título exposto acima não pretende pleitear ou estimular, ao menos no momento, nenhuma fundação de qualquer partido político vinculado ao candomblé, não detenho o mínimo conhecimento jurídico e liderança para apoiar tal pleito. Ao comentar esta inusitada idéia junto a fiéis deste culto, a mesma foi recebida com entusiasmo, provavelmente fruto da intensa mobilização operada nos últimos tempos pelos seguidores e simpatizantes do povo de axé, frente às estripulias e agressões, ingredientes da intolerância religiosa.
A sigla PCdoC, idéia precária, significaria Partido da Comunidade do Candomblé e foi conservada encabeçando o texto, na hipótese de que, pelo inusitado, despertasse nos leitores a vontade de enfrentar este arrazoado, que tem como finalidade, na verdade, discutir um fenômeno que tenho observado nesta eleição municipal de Salvador. Um "bate-boca" popular valoriza como informação importante muito mais a vinculação religiosa dos candidatos que a sua filiação partidária, para a escolha no momento do voto.
Aliás, pela variedade de siglas, parece-me que somente as mais tradicionais, ou as mais divulgadas, habitam a memória do eleitor. Outra atitude inibidora ao conhecimento das idéias partidárias seria a fixação apenas nos números dos candidatos, massificado para a memorização, havendo até a recomendação de levar "uma colinha", ou seja uma "pesca", com os algarismos do candidato para copiar na hora de votar.
Discute-se na cidade, em alguns setores, muito mais a quem o candidato devota o seu fervor religioso que o seu ideal partidário. Convenhamos, uma coisa é a união de pessoas em uma fé comum, acreditando em determinados valores religiosos, daí a sua unificação, outra é a vinculação ou simpatia a determinada sigla partidária, agregando diversas pessoas de convicções religiosas distintas, unidas por programas tradutores de um ideal político comum.
O que não se admite é que, em função da convicção religiosa comum, o eleitor vote apenas naqueles iguais, sem uma avaliação e conhecimento do abrigo partidário do candidato, na hipótese de que os meus são os melhores e o diabo são os outros. Um voto fruto de exigências fomentadas por líderes religiosos faz com que o eleitor porte-se como um autêntico "boi de presépio".
Caro leitor, apesar desta especulação no plano do ideal, em busca da sociedade perfeita, é preciso alertar que, por vezes, são os próprios políticos que não levam a sério a sua filiação partidária, alguns candidatos não sabem, ao menos, nomear os programas básicos dos seus partidos, e outros, após eleitos, são "useiros e vezeiros" da flutuação partidária, mudando de partido ao sabor das marés ou interesses pessoais.
Um partido político tem como característica fundamental ser uma organização de pessoas agrupadas em programas e realizações de ações comuns com fins políticos e sociais, lutando democraticamente em busca do poder institucional, convencendo os seus eleitores, através da elaboração de estratégias com o objetivo de minorar ou extinguir os problemas relevantes que afetam a comunidade. Logo, o partido é a associação de pessoas unidas pelas mesmas idéias, sendo que a ação partidária carece do proselitismo para agregação de adeptos seguidores de idéias comuns.
Ouvindo a cidade, a questão se estabelece nos diálogos da massa soteropolitana, quando indaga no tom mais alto das suas vozes, vencendo o barulho nos transportes coletivos em diálogos para driblar os longos percursos do ônibus, diz, lamentando, "não tem um do candomblé como candidato a prefeito"; o outro retruca "mas tem um do candomblé que é vice". Sem demora, reprime o primeiro: "Vice não é nada, eu quero um como prefeito", diz. E, antes de saltar no próximo ponto, vem outra pergunta: "E você vai votar em quem?". A pronta resposta vem: "Não sei".
Ah, quanto ao PCdoC, o partido do candomblé, deixo como brinde a idéia para outros, com argumentações e liderança convincente. Oxalá tenham um bom êxito.

Fonte: A Tarde On line

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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Prefeitura apresenta critérios para regularização de terreiros

A Prefeitura, por meio das secretarias da Fazenda (Sefaz) e da Reparação (Semur), apresentou nesta quarta-feira, dia 10, aos líderes e adeptos do candomblé os procedimentos necessários para a imunidade e isenção fiscal dos templos religiosos.
As explicações foram dadas durante o seminário O Espaço Urbano e os Templos Religiosos de Matriz Africana, realizado no Salão Xangô, do Centro de Convenções da Bahia.
Segundo a Procuradoria da Fazenda do Município, o responsável pelo templo religioso deve procurar a Sefaz para apresentar documentos comprobatórios da área de abrangência do imóvel, como a escritura, ata de legitimação e registros da associação.
De acordo com a Prefeitura, se a documentação estiver completa, no prazo de até 60 dias é liberada a imunidade ou isenção fiscal do templo. Os procedimentos são os mesmos para os templos de qualquer matriz religiosa.
Ainda de acordo com a Prefeitura, caso os responsáveis pelo templo não possuam a documentação comprobatória, a Sefaz realizará uma análise histórica, com estudo antropológico, para assegurar os direitos aos templos religiosos.
A Semur pretende, até o fim do mês, lançar uma cartilha informando os direitos dos templos religiosos e os passos necessários para a regulamentação fundiária. Dois mil exemplares devem ser lançados na primeira edição e distribuídos para os terreiros já cadastrados durante o processo de mapeamento realizado em parceria com o Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao) da Universidade Federal da Bahia.


Fonte: A Tarde On Line

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sábado, 6 de setembro de 2008

Sancionada lei que cria o Dia das Nações do Candomblé

RIO - O governador em exercício Luiz Fernando Pezão sancionou a Lei 5.297, publicada na edição desta sexta-feira no Diário Oficial, que institui o “Dia das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé”, a ser comemorado anualmente no dia 30 de setembro. O Executivo fluminense, com a colaboração dos centros religiosos de candomblé, promoverá, conjuntamente, atividades alusivas à data.
Apesar de ser uma tradição antiga na África, o candomblé só se organizou como culto religioso recentemente, devido à discriminação e perseguição que sofreu no país.
O candomblé é uma religião oficialmente reconhecida, que presta culto aos deuses que nos legaram os africanos que vieram para o Brasil no século 16. O significado da palavra candomblé para os adeptos desta forma de culto aos orixás vem a ser festa. Candomblé também é o termo genérico que define o coletivo de nações (tribos) africanas no Brasil.
A maioria dos negros trazidos para o Brasil pertencia aos grandes grupos étnicos bantos, capturados no Congo, Angola e Moçambique; sudaneses, originários da Nigéria, Daomé e Costa do Marfim; e sudaneses convertidos ao islamismo.
No Brasil, essas nações foram denominadas Jeje, Keto, Angola, Nagô, Xambá e Ijexá. Os sudaneses dirigiram-se predominantemente para a Bahia e os bantos, para Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Fonte: JB Online

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