terça-feira, 18 de março de 2008

Disque-Denúncia para atender a casos de discriminação de qualquer credo

Disque-Denúncia para atender a casos de discriminação de qualquer credo
Adriana Diniz e Clarissa Monteagudo - Extra


Rio - As denúncias de que traficantes convertidos a igrejas independentes estão proibindo manifestações de umbanda e candomblé nas favelas cariocas causou reação na Câmara de Vereadores do Rio. Ontem, foi criado o Disque-Denúncia Intolerância, um número de telefone disponível 24 horas para registrar casos de discriminação contra adeptos de qualquer religião.

- Qualquer pessoa, de qualquer credo, que se sentir perseguida ou ofendida por suas crenças pode ligar. A discriminação é crime, seja ela de cor, sexo ou religião - defende o vereador Átila Nunes Neto, idealizador do projeto (ouça o vereador explicando como vai funcionar o serviço).

Pelo telefone 2461-0055, é possível deixar informações sobre casos de violação à liberdade religiosa. Desde ameaças até atos de violência, como os praticados por bandidos que expulsaram pais-de-santo em áreas dominadas pelo tráfico.

- A identidade da pessoa será preservada. Pediremos apenas para que deixem algum contato para que os órgãos competentes consigam ter mais informações - explica o vereador.

Ex-ouvidor da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do Governo Federal, o advogado Luiz Fernando Martins da Silva conta que recebeu diversas denúncias de praticantes da umbanda e do candomblé expulsos de comunidades dominadas por traficantes, em 2006, quando ocupava o cargo.

Denúncias arquivadas

Na ocasião, Luiz Fernando instaurou um processo administrativo e encaminhou para a Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o advogado, o processo não foi para frente porque não houve interesse da governadora Rosinha Garotinho em apurar os casos.

- A liberdade religiosa no Brasil é um mito. Não existe - diz Luiz Fernando.

Esta semana, deverá ser votado na Câmara o projeto do vereador Adilson Pires, que institui o Dia do Combate à Intolerância Religiosa. A data estipulada é o 21 de janeiro, dia em que a ialorixá Mãe Gilda morreu de infarto fulminante provocado pelas consecutivas invasões ao seu terreiro em Salvador:

- Somos um país em que as religiões sempre conviveram. É importante alertar a sociedade de que todos têm que respeitar a liberdade.

Umbandistas e sacerdotes do candomblé reagiram com revolta às denúncias de crimes contra religiosos e acham que governo deve tomar atitudes.

Fonte: http://extra.globo.com

Postado por Administrador às 3/18/2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Categorias

  • Videos

ARQUIVO

  • ►  2011 (1)
    • ►  abril (1)
  • ►  2010 (2)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
  • ►  2009 (62)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (12)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (5)
    • ►  maio (3)
    • ►  abril (6)
    • ►  março (2)
    • ►  fevereiro (11)
    • ►  janeiro (18)
  • ▼  2008 (121)
    • ►  dezembro (55)
    • ►  novembro (24)
    • ►  outubro (5)
    • ►  setembro (15)
    • ►  agosto (8)
    • ►  julho (3)
    • ►  junho (1)
    • ►  abril (1)
    • ▼  março (3)
      • Pai de santo vai celebrar casamento gay em SP
      • São Paulo realiza primeiro casamento gay do Brasil
      • Disque-Denúncia para atender a casos de discrimina...
    • ►  fevereiro (3)
    • ►  janeiro (3)