sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Promotor apura demolição de terreiro de candomblé em Salvador

LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

O Ministério Público da Bahia começou a investigar nesta quinta-feira a demolição do terreiro de candomblé Oyá Unipó Neto, em Salvador.
Sob a alegação de que o terreiro ocupa área pública, funcionários da prefeitura destruíram quase todas as dependências do templo --apenas duas paredes sobraram.
"Foi um crime contra a raiz negra, e não me deram direito à defesa", disse a ialorixá Roselice do Amor Divino, 50, que comandava o terreiro.
Para a mãe-de-santo, a demolição foi autorizada para atender a especulação imobiliária. "Há pouco tempo construíram um shopping e agora os especuladores querem continuar ganhando dinheiro à custa da religião."
Inaugurado há quase 30 anos, o terreiro foi reconhecido pela Secretaria Municipal da Reparação durante mapeamento feito no ano passado.
O promotor Almiro Sena, do Grupo de Atuação Especial de Combate à Discriminação, disse que a decisão da Prefeitura de Salvador foi inconstitucional. Para ele, a prefeitura deveria ter negociado com a mãe-de-santo antes de demolir o templo.
Em depoimento ontem ao Ministério Público, Roselice do Amor Divino disse que fiscais da prefeitura também destruíram pratos e colheres de pau --usados na oferta de alimentos às entidades-- e insígnias dos principais orixás.
De acordo com a prefeitura, dos 1.236 terreiros de candomblé catalogados pelo município, apenas 470 possuem regularização fundiária. A superintendente da Sucom (Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo), Kátia Carmelo, disse que vai esperar o relatório dos técnicos que trabalharam na demolição para apurar se houve abuso na ação.

Fonte: Folha Online




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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Sucom derruba terreiro de Candomblé


O Terreiro Oyá Onipo Neto, localizado na Avenida Jorge Amado - Imbuí, foi parcialmente destruído na manhã desta quarta-feira, dia 27, por agentes da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). A ação foi feita sem que o órgão apresentasse documento de autorização para a derrubada da casa religiosa. A mãe de santo Rosalice do Amor Divino, Mãe Rosa, 50 anos, já havia denunciado intolerância religiosa por parte de um vizinho dela, engenheiro do órgão municipal que teria manifestado o desejo de derrubar seu imóvel.
A ação de demolição teve início por volta das 8h30, quando moradores e filhos de santo do terreiro ainda estavam dentro do prédio. Segundo vizinhos que assistiram a ação do órgão, os agentes da Sucom mal chegaram começaram a demolição. Também não permitiram que os moradores retirassem seus pertences ou os objetos de culto de dentro da casa.
Para tentar resolver o impasse foram chamados representantes de entidades de direitos humanos e de defesa do culto afro-brasileiro. Quando parte do terreiro já havia sido derrubada, um representante da Secretaria de Governo do prefeito João Henrique Carneiro chegou ao local, no meio da manhã, com uma ordem direta do prefeito para suspender a demolição. Segundo esse representante da secretaria, "houve falha na Sucom que ainda será apurada". O representante disse também que o único documento apresentado pelos agentes é um comunicado assinado por um engenheiro do órgão. Esse documento porém, não validaria a demolição da casa religiosa.
Os representantes do Terreiro, da Sucom e da prefeitura vão se reunir para apurar o ocorrido e tomar as providências cabíveis.
Fonte: A Tarde Online

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Mãe Nitinha de Oxum morre aos 75 anos em Salvador

A mãe-de-santo Areonithe Conceição Chagas (nome de registro), a mãe Nitinha de Oxum, morreu na tarde desta segunda-feira em Salvador (BA), aos 75 anos, de insuficiência respiratória. Nome emblemático do candomblé, mãe Nitinha estava internada havia cerca de duas semanas no Hospital Evangélico de Brotas.
Segunda na escala hierárquica da Casa Branca, terreiro em que trabalhava como ialorixá, mãe Nitinha se dividia entre os trabalhos no Rio e Salvador havia muitos anos.
No candomblé, ialorixá é o nome dado para o termo mãe-de-santo, que é o sacerdote chefe de um terreiro, a quem cabe a distribuição de todas as funções especializadas do culto.
Segundo Marcos Rezende, coordenador da organização Coletivo de Entidades Negras, o enterro será às 14h desta terça-feira, no Jardim da Saudade. No mesmo dia começa o Axexê, ritual que dura dias e é acompanhado apenas por pessoas ligadas ao candomblé.
Em 2005, mãe Nitinha foi escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para representar o candomblé na comitiva multirreligiosa que foi à Roma por conta da morte do papa João Paulo 2º. Mãe Nitinha, porém, perdeu o avião e não conseguiu embarcar.


Fonte: A Folha Online

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